
Lucélia Andrade
Se para o usuário a Saúde Pública de Tangará da Serra está um caos; para a equipe médica que atende no Hospital Municipal (Mater Dei) ela está catastrófica. Isso porque profissionais precisam se desdobrar todos os dias para atender a pacientes sem as condições mínimas de trabalho. E quando digo mínimas, é porque a situação por lá já atravessou todos os limites.
Informações de servidores dão conta de que há pouco soro na unidade
hospitalar e o pouco que há é regado e dividido em pequenas quantidades para
atender os pacientes. Falta também algodão, analgésico e outros medicamentos
básicos indispensáveis em qualquer unidade de pronto atendimento, como a Benzetacil.



Com isso o caos se instalou ainda mais no Mater Dei.
A fonte desabafou que de lá para cá muita gente tem
morrido talvez por não ter cirurgião no Hospital. Essa mesma fonte afirmou ainda que
pelo menos de 15 a 20 pessoas já foram a óbito no período.
Um exemplo recente foi o de um acidente que vitimou
fatalmente mãe e filho no final de semana. O homem teria ficado das 22h às 5h
na unidade, aguardando a morte. Isso mesmo! Sem cirurgião, a equipe não
conseguiu salvar sua vida. Outra vítima que foi atingida por um coice de
cavalo, teria ficado 8 dias no Mater Dei, até que foi encaminhada a Cuiabá, mas
já era tarde. Ela também não resistiu. A família denuncia que houve negligência.
Ainda de acordo com a fonte, casos mais urgentes são
encaminhados a um hospital particular que tem contrato com o Município. Isso
quando há cirurgião no plantão. “Economizou no salário dos cirurgiões, mas
gastou com hospital particular”, disparou a fonte que aproveitou para ressaltar
que nem o prefeito e muito menos o Secretário de Saúde frequentam o Hospital.
“Eles não conhecem a realidade”, lamentou.
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