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Ônibus depredados por estudantes |
Motoristas do transporte escolar de Tangará da Serra
denunciam que está impossível fazer algumas linhas devido a atos de vandalismo,
depredação de ônibus e até ameaças a motoristas. São várias linhas, mas as que
apresentam maiores dificuldades são as que passam pelo interior do Residencial
Barcelona.
Com medo diante das constantes ameaças que partiram de um
grupo de estudantes dois motoristas se negam a fazer a linha. “Já passaram dois
motoristas, não querem mais fazer a linha porque temem pela própria vida”, me
revelou um motorista que convive diariamente com a situação.

Os motoristas já foram na Câmara Municipal, procuraram
advogados, registraram boletim de ocorrência e agora irão buscar o Ministério Público.
“Não tem mais condições. A gente também é pai de família, têm filhos e sofre
esse tipo de situação”.

Os motoristas contam que
vêm cobrando do Executivo, dos coordenadores do setor e do secretário,
mas não são tomadas providências. “As providências são demoradas, nosso setor
está abandonado pelo Executivo. Isso está acontecendo desde o início do ano e
ninguém toma uma atitude, os servidores públicos estão abandonados, jogados nos
cantos, estão sem valor”, denuncia o motorista.
O motorista, que terá o nome preservado, explica que há uma
solução simples para este problema: a disposição de monitores no interior dos ônibus
para controlar os alunos das linhas mais problemáticas.
A situação é tão crítica que no dia 14 de abril o Conselho
Tutelar foi acionado pelo secretário de educação Adriano Fernandes. “A situação
estava tão crítica, ao ponto de acionarmos o Conselho Tutelar com o objetivo de
sanar esse problema”, informou Adriano Fernandes, relatando ainda que nem mesmo
as conselheiras foram respeitadas pelos estudantes.
Em função de toda essa situação o secretário decidiu tomar atitudes drásticas e determinou a suspensão do transporte naquela linha específica. “Isso é inaceitável. É um absurdo que alunos estejam agindo dessa forma, desrespeitando o motorista, ameaçando pessoas e depredando o patrimônio público. Isso é crime e cabe uma punição”, disse.
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