Candidato a prefeito de Campo Novo do Parecis, Rafael
Machado (PSD) e seu vice Dhemis Rezende Marques (PV) foram flagrados pelo
próprio promotor
Candidato Rafael se assusta quando promotor entra em sala onde ocorria a campanha irregular
Foto: Reprodução Promotoria Eleitoral de Campo Novo do Parecis
O Ministério Público Eleitoral, através do promotor
eleitoral Luiz Augusto Ferres Schimith, da Promotoria de Campo Novo do Parecis
(396 km de Cuiabá) flagrou o candidato a prefeito Rafael Machado (PSD) e o
candidato a vice-prefeito Dhemis Jackson Rezende Marques (PV) fazendo campanha
no interior da Companhia da Polícia Militar do município, o que é proibido pela
Legislação Eleitoral.
Schimith ofereceu representação contra os envolvidos e
pediu a cassação do registro de candidatura da chapa de Rafael e Dhemis. Também
são citados na representação o Tenente Coronel da Polícia Militar Antonio
Givaldo de Souza, comandante da PM de Campo Novo do Parecis e um dos
coordenadores de campanha de Rafael, o empresário Sebastião Carlos Pim.
Fotografias foram feitas pelo próprio promotor eleitoral |
Na representação, o promotor eleitoral explica que o
Artigo 73 da Lei Nº 9.504/97, proíbe a cessão e uso de bens móveis e imóveis
pertencentes à administração direta ou indireta da União, Estados e Municípios.
“A conduta descrita é vedada e se traduz num ato ilícito eleitoral, sendo
necessária responsabilização tanto do agente público quanto dos candidatos
Rafael Machado e Dhemis Marques”, diz trecho da representação.
O promotor narra que nessa data, no período matutino,
entrou na sala de reuniões da Companhia de Polícia Militar e flagrou a reunião
entre os candidatos do PSD, o comando da PM e a maioria dos policias militares
lotados em Campo Novo. “Rafael Machado discursou para os policiais militares,
se apresentando como candidato a prefeito, com adesivo de propaganda eleitoral
colada na sua camisa”, descreve o promotor. “A exposição de Rafael aos
policiais militares foi interrompida com a chegada deste promotor eleitoral”,
continua.
Segundo consta no processo, o Ministério Público
Eleitoral instaurou Procedimento Preparatório Eleitoral (PPE) e entrevistou
policiais que confirmaram o ato de campanha eleitoral no interior da Companhia
da PM. “A conduta descrita é vedada e se traduz num ato ilícito eleitoral,
sendo necessária a responsabilização dos envolvidos”, reitera o promotor.
Na representação, o promotor Luiz Augusto Ferres Schimith
solicita que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) aplique multa entre 5 mil e
100 mil UFIR (Unidade de Referência Fiscal) e que Rafael e Dhemis tenham o
registro de candidatura cassado. Ele solicita ainda que o Comando Geral da
Polícia Militar de Mato Grosso substitua o comandante da PM de Campo Novo,
Antonio Givaldo de Souza.
A representação, com pedido de condenação, tramita na 60ª
Zona Eleitoral de Mato Grosso com o Nº 131-18.2016.6.11.0060, sob a
responsabilidade da juíza eleitoral Cláudia Anffe Nunes da Cunha.
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