Em depoimento ao MPE, policial confirmou que Rafael, Dhemis e PIM faziam campanha irregular na Cia de Polícia Militar Foto: Reprodução MPE/MT |
Em declarações feitas durante depoimentos ao promotor
eleitoral de Campo Novo do Parecis, Luiz Augusto Ferres Schimith, dois
policiais militares confirmaram que o candidato a prefeito Rafael Machado (PSD)
estava de fato fazendo campanha política irregular no interior da Companhia de
Polícia Militar da cidade.
Os termos de declaração, assinados pelos policiais, fazem
parte do processo que tramita na Justiça Eleitoral onde o Ministério Público
Estadual (MPE) denuncia Rafael Machado pela prática de crime eleitoral, pede
que o mesmo seja multado e que seja cassado o seu registro de candidatura.
"Que o declarante [policial militar] achou estranho
o discurso político dentro da Companhia da Polícia Militar, mas ficou no local
pois é subordinado e cumpre ordens”, diz trecho da declaração de um deles.
O policial confirmou ainda que Rafael possuía propaganda
eleitoral grudada na camiseta e que “a reunião estava ocorrendo a portas
fechadas para que o barulho da cozinha não interferisse na fala das pessoas [candidatos]
que iriam discursar".
O outro policial militar disse ainda que Rafael declarou
ser candidato desconhecido e queria se apresentar aos agentes de segurança com
o intuito de convencê-los ao voto. “O declarante [policial militar] acredita
que o candidato Rafael possa ter tido uma informação privilegiada", diz
trecho da declaração do segundo policial.
Ainda de acordo com o depoimento, em nenhum momento o
Tenente Coronel Antonio Givaldo de Souza, comandante da PM, pediu para que o
candidato Rafael saísse do local, em descumprimento ao que determina a Legislação
Eleitoral. Inclusive, quando o promotor eleitoral chegou, o comandante da PM
estava posicionado ao lado de Rafael, enquanto este discursava.
O próprio promotor eleitoral fotografou candidato assustado após ser flagrado em ato ilícito |
O fato ocorreu no dia 14 de setembro, Rafael Machado foi
flagrado pelo próprio promotor eleitoral, que reside ao lado da Companhia de
Polícia Militar, enquanto fazia campanha irregular no local público, o que e
estritamente proibido pela Justiça Eleitoral, mais especificamente pelo Artigo
73 da Lei Nº 9.504/97.
O promotor chegou no momento em que Rafael discursava para
todos os policiais da Companhia, inclusive aos que estariam de folga naquele
dia. O próprio promotor fotografou o candidato Rafael em ato ilícito.
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