segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Bezerra e a política do "jeitinho"

“Dizer não, não é fácil, não é fácil. Mas é preciso ter responsabilidade. Não podemos fazer politicagem, assistencialismo, temos que saber dizer não", palavras do vereador Wellington Bezerra, do PR, que ainda completa: "Temos que saber dizer que existe lei e que precisa ser cumprida”.

Tal declaração foi dada pelo republicano ao falar sobre um tal empresário tangaraense que o havia procurado na Câmara Municipal para pedir uma mãozinha ao vereador. O empresário teria pedido para Bezerra agir de forma ardilosa, arrumar um "jeitinho", ou seja, agir de forma que o tal ganhasse um terreno da Prefeitura.

O vereador teria sido enfático em dizer que jamais agiria de forma corrupta para favorecer alguém. "Todos devem disputar em pé de igualdade", falou ele, dizendo que mandou o empresário passar por todo o processo burocrático para conseguir o terreno.

Para Bezerra, esse tempo de política do "jeitinho" já passou em Tangará da Serra. Sabemos bem como era comum dar-se um "jeitinho" para conseguir as coisas há alguns anos por aqui. Conseguia-se terrenos, cargos na Prefeitura e na Câmara, concessões públicas, patrocínios para viagens, etc., etc., e o pior, conseguia-se até arrancar dinheiro dos cantos dos órgãos públicos.

Não sou eu que tô dizendo isso: é a história de Tangará que conta.

Bastava uma mexida num pauzinho aqui, uma ligadinha ali, um favorzinho acolá...e tudo se resolvia. Era a política dos velhacos, dos espertinhos, dos manhosos, dos ardilosos.

Mas será que essa política não existe mais por aí? Ah, existe sim. Tem muito velhaco agindo na surdina pelos corredores dos espaços públicos municipais.


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