E mais uma vez o povo de Tangará da Serra enfrenta a infeliz
realidade do racionamento de água. A exemplo do ano passado, o prefeito Fábio
Junqueira (PMDB) e o diretor do Samae Wesley Torres emitiram decreto
determinando o racionamento de água tratada no município por prazo
indeterminado para residências, indústrias e comércios.
Para completar, o Governo Municipal ainda decretou estado de
emergência. Será que a situação é grave?
Ocorre que em 2016, a crise é ainda pior do que em 2015. O fato
notório já que no ano passado o racionamento começou somente em outubro. Este ano,
tão grave é a situação que o Governo Municipal resolveu antecipar o
racionamento para agosto.
Mas por que racionar água em Tangará da Serra, cidade
cravada no meio de uma das principais bacias hidrográficas de Mato Grosso? Há quem
diga que isso é fruto da incompetência administrativa, total falta de
inteligência gestora e falta de planejamento em curto, médio e longo prazo.
O fantasma do racionamento já bate à porta dos tangaraenses
há vários anos e a gestão pública da água, sob o comando de Junqueira e Torres,
não deu a devida importância para a situação. Resultado? O povo vai ter que
pagar a conta, não é mesmo?
E de fato, a população vai ter que pagar a conta.
Além de pagar um absurdo pela água que consome desde o ano
passado quando Junqueira aumentou o preço da tarifa em 31,18%, agora os
tangaraenses poderão ser até multados.
Economizar água é importante e deve ser da natureza humana,
mas por que o povo tem que ser penalizado? É culpa da população a inércia da
gestão pública diante de uma situação que já vinha sendo anunciada?
O orçamento do Samae cresceu consideravelmente desde o
reajuste de Junqueira em 2015 e não há mais desculpas para faltar água. Aumentou
a arrecadação, mas por que não houve investimentos no setor? E se houve não
foram suficientes.
Quando em 2015, ao defender o reajuste da água, o prefeito Fábio afirmou que com mais orçamento seria possível melhorar o sistema de captação e abastecimento de água, porém, parece que piorou, já que o racionamento este ano começou 45 dias mais cedo.
O Samae hoje possui uma gestão extintor de incêndio...só
resolve problemas pontuais, sem planejar a resolutividade permanente ou a longo
prazo da situação.
E não adianta dizer que o problema está sendo resolvido. Se começaram
a resolver, foi um pouco tarde e o povo não pode pagar essa conta pela incompetência
de uma gestão.
ATENÇÃO: Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do Blog do Rolim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário