O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de
Tangará da Serra (Sserp), José Antonio Garcia Neto, ainda não convocou a
Assembleia Geral Extraordinária para prestar contas financeiras dos últimos
sete anos da entidade. O prazo dado pelos servidores públicos em
abaixo-assinado para que ele faça a convocação da assembleia e apresente
documentos que comprovem onde foram gastos os recursos do Sserp está
terminando, mas Neto prefere manter-se em silêncio.
Falei com alguns servidores ligados a um movimento que
exige explicações de Neto e eles me contaram que até o momento ele ainda não
fez a convocação. Se não fizer até o dia 03, os próprios servidores convocarão
a Assembleia e deverão até pedir a saída de Neto da presidência da entidade que tem um
orçamento anual de aproximadamente 400 mil reais.
“Pelo Estatuto do Sindicato temos que aguardar os 15 dias
pra que ele se manifeste, mesmo sabendo dele que não irá marcar a data da
assembleia porque não conseguirá reunir as documentações necessárias para
prestar contas”, me contou o servidor Márcio Lopes, que lidera o movimento.
“A partir do dia 04, sexta-feira, nos reuniremos e iremos
marcar a data da assembleia, que deverá ser 12 ou dia 19, num sábado”, relatou
Márcio.
Hoje pela manhã fiquei surpreso quando nos corredores da
Prefeitura ouvi um servidor comentando que há uma tentativa de desestabilizar o
grupo que se opõe a Neto divulgando que se trata de um movimento de cunho
político apoiado pelo prefeito Fábio Junqueira (PMDB).
Pode isso?
Bem, posso afirmar com certeza que não há relação alguma
do prefeito no movimento e que a intenção de quem divulga isso é apenas uma:
fazer com que os sindicalizados desistam de participar da assembleia e assim
evitar o quórum e a tomada de decisões.
Acima de tudo isso está muito mais que fatores políticos,
está a necessidade legal de explicar onde foram aplicados os recursos do
Sindicato ao longo dos últimos 7 anos, dinheiro do servidor, descontado
mensalmente de sua folha de pagamento.