quinta-feira, 28 de julho de 2016

Caravana recusada pelo prefeito de Tangará zerou filas do SUS no médio-norte

Pessoas como Seu Jair, que esperavam há anos na
fila, conseguiram a tão almejada cirurgia
A primeira etapa da Caravana da Transformação, recusada e criticada veementemente pelo prefeito de Tangará da Serra Fábio Junqueira (PMDB) na semana passada, conseguiu praticamente zerar as filas de espera do Sistema Único de Saúde (SUS) para cirurgias de catarata e pterígio em 12 municípios da região médio-norte do Estado, inclusive em Tangará da Serra.

O mutirão foi recusado por Tangará da Serra que se negou a oferecer transporte aos pacientes tangaraenses que fariam cirurgias. Essa era a única contrapartida da Prefeitura. O motivo? Junqueira duvidava da qualidade dos serviços e da idoneidade da empresa contratada para realizar as cirurgias.

Sem transporte do Município, pacientes arcaram com passagens ou contaram com o apoio de líderes comunitários e até da Defesa Civil de Barra do Bugres que enviou um ônibus para auxiliar no translado.

Ao todo, foram operados pacientes de 35 cidades, incluindo moradores de Minas Gerais e Rondônia. Nesta terça houve o encerramento da segunda fase do acompanhamento pós-operatório dos pacientes. No entanto, em 30 dias haverá nova rodada de exames para finalizar os atendimentos.

Diante da recusa do prefeito, pacientes
foram levados por ônibus comunitários
Conforme Werley Perez, assessor especial da Secretaria de Estado de Saúde (SES), foram realizadas 1.873 cirurgias em sete dias, número muito superior ao que seria feito nos moldes normais do SUS, ou pelos consórcios intermunicipais.

“Fizemos em sete dias o que os consórcios demorariam 30 anos. Praticamente zeramos a demanda reprimida dessa região e ainda atendemos uma grande demanda espontânea”. Contudo, o assessor acredita que a próxima etapa deva resolver o problema de visão para um número ainda maior de pessoas.


A próxima etapa será realizada em setembro, no município de Peixoto de Azevedo.

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