terça-feira, 10 de maio de 2016

“Cadê os medicamentos que chegaram?”, questionam usuários que voltam pra casa de mãos vazias

Fotos continuam chegando de USf's com prateleiras vazias
Ainda não consegui entender essa dos medicamentos da Saúde tangaraense. De um lado a Secretaria Municipal de Saúde afirma que o Município recebeu medicamentos para suprir as necessidades das Unidades de Saúde (USF’s) e do Hospital Municipal (o Mater Dei). Do outro, a população que continua voltando para casa somente com a receita em mãos. 

Itamar Bonfim, que responde pela pasta, anunciou recentemente na imprensa local que uma remessa de medicamentos que estava faltando havia chegado, acabando assim com os problemas da falta de remédios inclusive básicos, nos postos de
Cartaz em USF. Sem coleta porque não tem seringa
saúde e no Mater Dei. Mas infelizmente a situação continua caótica.

Farmácias das Unidades de Saúde ainda estão vazias, nem dipirona é possível encontrar nesses locais. A reclamação da falta dos remédios parte dos próprios usuários. Hoje inclusive, me deparei com uma senhora saindo do Posto Central com a receita em mãos, e ao questioná-la sobre se conseguiu a medicação, ela me respondeu que não e que o medicamento era de uso contínuo para um problema no coração. Caso não tomasse poderia morrer. Sem dinheiro para comprar em uma farmácia particular, a idosa foi para casa. E agora espera contar com a sorte.

O Blog apurou ainda que até ontem não havia chegado medicamentos em unidades de saúde como do Jardim Presidente, da Vila Nazaré e do Jardim Shangri-lá.

Em uma unidade saúde o Blog fotografou o cartaz que diz: "A partir de hoje, as coletas estarão suspensas por falta de material". Perguntei a uma servidora e ela me disse que não tem seringa para fazer as coletas.

Mais uma Unidade de Saúde sem medicamentos
Que a Saúde, especialmente a de Tangará da Serra está precária não é novidade, mas a situação chegou a tal ponto que houve a necessidade de intervenção do Ministério Público. Uma Ação Civil Pública foi movida contra a Prefeitura Municipal de Tangará da Serra. Na ação, a promotora de justiça Claire Vogel Dutra fez também um pedido de tutela de urgência com o intuito de garantir que a população tenha acesso imediato a medicamentos e insumos médicos tanto nas unidades básicas quanto no único hospital municipal da cidade: o Mater Dei.

Inicialmente, segundo o MPE, foi solicitado a Defensoria Pública a quantidade de ações que foram propostas contra o Município em 2015 para o fornecimento de medicamentos e cirurgias e a quantidade de bloqueios judiciais. A Defensoria respondeu informando que foram 179 ações que resultaram em 133 bloqueios judiciais.

Falta agora a decisão do Judiciário. Enquanto uma solução não é tomada, a população é a mais atingida.

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