Fotos divulgadas pelo Blog há algumas semanas mostrando prateleiras de PSF's sem medicamentos. Denúncias do Blog agora são investigadas pelo MPE. |
Confirmando aquilo que havia sendo divulgado nas últimas
semanas aqui no Blog do Rolim, o Ministério Público Estadual (MPE) moveu no
final desta semana uma ação civil pública contra a Prefeitura Municipal de
Tangará da Serra. O motivo: falta de medicamentos no Hospital Municipal e nas
Unidades de Saúde da Família.
Na ação, a promotora de justiça Claire Vogel Dutra fez
também um pedido de tutela de urgência com o intuito de garantir que a população
tenha acesso imediato a medicamentos e insumos médicos tanto nas unidades
básicas quanto no único hospital municipal da cidade: o Mater Dei.
Inicialmente, segundo o MPE, foi solicitado a Defensoria
Pública a quantidade de ações que foram propostas contra o Município em 2015
para o fornecimento de medicamentos e cirurgias e a quantidade de bloqueios
judiciais. A Defensoria respondeu informando que foram 179 ações que resultaram
em 133 bloqueios judiciais.
Trecho da Ação do MPE |
Diante disso, a Prefeitura foi notificada, mas a resposta
não convenceu o MPE: “[a Prefeitura] apresentou resposta informando que houve
problemas com o Tribunal de Contas do estado, bem como, com as empresas
fornecedoras dos medicamentos, enfatizando que o fornecimento dos fármacos
essenciais tem sido realizado”, diz a ação.
Durante as investigações membros do MPE foram até o
hospital municipal e algumas unidades de saúde. As vistorias resultaram no
texto que segue:
“(...) momento em que restou demonstrado a situação caótica
na qual se encontra a saúde pública do Município, no que pertine a medicamento
e insumos. (...) a referida vistoria evidenciou o que já era de conhecimento
desta Promotoria de Justiça, através dos reclames dos munícipes que necessitam
de medicamentos e insumos”.
E a promotora ainda diz mais: “nas vistorias fora constatado
a quase inexistência de medicamentos básicos e insumos, sendo que vai desde
remédios básicos como dipironas a antibióticos, bem como seringas, luvas e
gazes”.
A promotora completa dizendo que há negligencia por parte
do Município que não propicia condições dignas de vida a seus cidadãos, além
disso há um total desrespeito ao direito constitucional de acesso a saúde.
A ação foi protocolada no dia 05 de maio, quinta-feira,
no Fórum da Comarca e aguarda decisão do Poder Judiciário.
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