Prefeito Fábio e secretário de Saúde Itamar Bonfim |
O Ministério Público Estadual e a Câmara Municipal de
Tangará da Serra estão investigando o secretário municipal de Saúde Itamar
Martins Bonfim e o prefeito Fábio Martins Junqueira (PMDB) por tráfico de influências.
A informação foi confirmada esta manhã pela vereadora Azenate Carvalho (PSB).
Uma denúncia foi formalizada tanto no Legislativo quanto
no MP de que o Executivo Municipal contratou para gerir o sistema de informatização
de setores da Saúde Pública uma empresa administrada pelo filho do secretário,
a TWI Consultoria e Tecnologia, que gerencia o software G-MUS, utilizado nas Unidades de Saúde da Família (USF's).
“O próprio secretário nos confirmou isso, que seu filho é
funcionário dessa empresa contratada recentemente para prestar os serviços de informatização
de Unidades de Saúde. Na nossa avaliação isso é tráfico de influência, o que é
proibido no serviço público”, disse a vereadora, revelando ainda que a mesma
denúncia está nas mãos da Promotoria de Justiça.
De acordo com Azenate já havia uma empresa que geria o
sistema dos PSF’s, porém, a Secretaria de Saúde pegou carona com uma licitação da
prefeitura de uma cidade de Rondônia e contratou a empresa que tem o filho do
secretário no quadro de funcionários.
“Acredito que as medidas serão tomadas pelo Ministério
Público, do contrário tomaremos uma providência aqui na Câmara”, disse,
explicando que dados estão sendo levantados e que não está descartada a
abertura de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para investigar o caso.
“O caso é grave e os responsáveis pela gestão poderão responder
por improbidade administrativa”, confirmou a vereadora.
INVESTIGAÇÃO -
Tudo começou quando houve uma denúncia na Câmara informando sobre a
presença de parente do secretário na empresa contratada. Em seguida, um Projeto
de Lei (062/2016) foi apresentado pelo Executivo pedindo a Abertura de um crédito
suplementar no valor de mais de R$ 1,2 milhão de reais.
Tal abertura de crédito entrou na Câmara com pedido de tramitação
em regime de urgência especial. O recurso seria remanejado para o pagamento de
serviços de limpeza hospitalar, serviços de laboratório, transporte de
pacientes do interior do Município e de forma um tanto quanto omissa para o
pagamento dos serviços da tal empresa. “Já tínhamos uma denúncia, aí esse
projeto veio assim, resolvemos investigar”, disse Azenate.
O PL 062 foi aprovado ontem na Câmara por 7 votos a 6.
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