Juiz concedeu habeas corpus a acusados |
O desembargador Luiz Ferreira da Silva, da terceira Vara
Criminal de Cuiabá, concedeu habeas corpus aos jornalistas Antônio Carlos Milas
de Oliveira, Max Feitosa Milas e Maycon Feitosa Milas, presos na “Operação
Liberdade de Extorsão”, deflagrada em 12 de março. A decisão foi proferida na
tarde desta quarta-feira.
Os três são proprietários do Grupo Milas, que em meados
do ano passado abriu em Tangará da Serra o site de notícias Tangará OnLine.
“Concedeu parcialmente a ordem, nos termos do voto do relator
com determinação para que o juízo a quo expeça alvará de soltura em favor dos
pacientes, se por outro motivo não estiverem presos” diz trecho da ação.
O magistrado ponderou que a liberdade dos mesmos não
representa dano às investigações nem ameaça a integridade física dos
jornalistas, além de mencionar que são primários, têm endereços fixos, famílias
constituídas e trabalho lícito como jornalistas que conferem peso para que a
prisão preventiva seja revogada.
Detidos sob acusação de extorquir empresários e políticos
ameaçando a publicação de informações sobre os mesmos, o grupo tem em sua lista
de vítimas o prefeito Mauro Mendes (PSB), a primeira-dama Virgínia Mendes, o
ex-governador Silval Barbosa, o ex-secretário Pedro Nadaf e o empresário Willians
Paulo Mischur.
Em liberdade os jornalistas devem atender à medidas cautelares entre elas comparecer
mensalmente em juízo para esclarecer sobre as suas atividades, não se ausentar
da cidade sem prévia autorização, os três estão proibidos de manter qualquer
tipo de contato com alguma das testemunhas ou vítimas envolvidas no processo,
os jornalistas estão vetados de publicar qualquer material relacionado as
vítimas citadas na investigação em algum dos meios de Grupo Milas de
Comunicação, devem estar em suas casas no período noturno, feriados e fins de
semana, além de serem monitorados por meio de tornozeleira eletrônica que devem
ser colocadas em breve.
Operação Liberdade de Extorsão
Os jornalistas citados fazem parte dos veículos de
comunicação Centro Oeste Popular, Notícias Max e Brasil Notícias, e foram
presos durante a "Operação Liberdade de Extorsão", da Delegacia
Especializada de Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz).
Segundo investigação, o grupo vinha agindo há vários anos
e o valor cobrado de cada vítima mudava de acordo com o poder aquisitivo de
cada um, podendo variar de R$ 100 mil a R$ 300 mil. Além dos três jornalistas
referidos, mais dois comunicadores, Naedson Martins da Silva e Antônio Peres
Pacheco, foram detidos na operação. (Com informações do Hiper Notícias)
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